Quando o som entra em nossas orelhas, ele esbarra em uma membrana especial chamada tímpano. Por trás do tímpano existe um espaço oco, a orelha média, onde temos ossículos que amplificam e transmitem a vibração sonora do tímpano até as estruturas neurológicas que levam o som até o cérebro.
Para tudo isso funcionar adequadamente, não pode haver diferença entre a pressão atmosférica e a pressão da orelha média. Quando ocorrem diferenças de pressão – por exemplo durante o pouso/decolagem de um avião ou subida/descida de uma serra, sentimos nosso ouvido tampar, abafar ou até doer. Isso acontece porque o tímpano estufa ou retrai de acordo com a diferença entre a pressão da orelha média e a pressão atmosférica. Sugiro também a leitura do tópico Dor de ouvido no avião. O que fazer?
É aí que mastigamos um chiclete, engolimos, bocejamos ou simplesmente abrimos a boca e, como que num passe de mágica, alguma coisa “estala” lá dentro e a audição abre novamente.
Como isso acontece? Ao bocejar ou deglutir, você contrai o músculo da tuba auditiva, que é um canal que une sua orelha média ao fundo do seu nariz. Ao abrir/fechar, a tuba equaliza a pressão na orelha média e o tímpano volta a vibrar na posição ideal.
É pela tuba auditiva que secreções e bactérias da respiração podem chegar ao ouvido, causando otites. Portanto, muito cuidado ao assoar seu nariz, prender espirros ou aplicar soro fisiológico no nariz de forma errada: sua tuba auditiva pode levar problemas ao tímpano. Sugiro a leitura do tópico A limpeza errada do nariz com soro pode causar otite.