Primeiramente, o que é o septo nasal? Vamos lá: quando você toca bem no meio do seu nariz e desliza o dedo até a ponta nasal, você está sentindo exatamente o septo nasal. Nesta parte, ele é composto por cartilagem. Mas as suas porções mais internas também contêm osso.
O septo, em conjunto com as demais cartilagens do nariz, serve para sustentar a abertura das narinas, propiciando uma melhor respiração. Porém, quando alguma parte do septo apresenta curvaturas ou dobras, diz-se que há desvio do septo nasal. Obviamente esse desvio irá prejudicar a passagem da respiração. Quanto mais torto, dobrado ou desviado, pior a sensação de nariz entupido.
Esses desvios surgem basicamente de três formas:
“Nascem” com a pessoa, atrapalhando a respiração desde bebê;
Surgem durante o crescimento da face na infância e adolescência, podendo crescer e encurvar mais para um lado que para o outro, assim como ocorre com o crescimento do tronco de muitas árvores;
Após uma pancada no nariz, forte o suficiente para quebrar ou encurvar a cartilagem ou os ossos do septo nasal, fazendo-os cicatrizar de forma desviada.
Na grande maioria dos casos, é o paciente quem melhor define se é necessário operar seu desvio do septo: ninguém dirá melhor do que ele o quão entupido está seu próprio nariz. Porém há casos em que o desvio se forma tão lentamente ao longo de vários anos que o paciente se acostuma e adapta-se à respiração ruim, conseguindo até mesmo correr e praticar esportes. Mesmo assim a cirurgia será benéfica: imagine o ganho de rendimento que este paciente terá ao corrigir o desvio!
Por fim, há casos em que o desvio do septo precisa ser operado pois impede a aeração dos seios da face, produzindo sinusites crônicas. Leia mais no tópico Entenda os “seios da face” e a sinusite.