O que são as amígdalas? Quando você abre a boca, lá no meio da garganta verá a úvula (a popular “campainha” do céu da boca). De um lado e do outro dela, verá suas amígdalas. São como uma “carne” cuja superfície é bem rugosa, cheia de buracos ou furinhos, tecnicamente chamados de criptas amigdalianas.
Tudo que engolimos deixa amostras dentro das criptas amigdalianas. Lá no fundo delas há células imunológicas que irão reconhecer se algo perigoso estiver entrando (um vírus ou uma bactéria, por exemplo), produzindo alertas para o sistema imunológico.
Do mesmo jeito que temos essas “sentinelas” vigiando o que entra pela garganta, há uma sentinela idêntica vigiando o que entra na respiração lá no fundo do nariz: é a adenoide. Você não consegue ver a adenoide: ela está escondida logo atrás e acima do céu da boca.
A adenoide e as amígdalas são como os gânglios ou linfonodos do pescoço (que muitos chamam de ínguas): fazem parte do sistema imunológico e também incham quando estamos enfrentando alguma infecção, por exemplo.
As crianças têm adenoide e amígdalas maiores que as dos adultos pois estão em desenvolvimento acelerado do sistema imunológico. Porém quando o volume destas carnes aumenta de forma excessiva, pode haver obstrução da respiração. Quando a criança respira continuamente pela boca, apresenta roncos ou engasgos no sono, dificuldade para engolir ou mesmo quando está usando muitos antibióticos para tratar crises de garganta, rinites, sinusites e otites, pode ser que o crescimento excessivo da adenoide e das amígdalas seja o culpado dos problemas, justificando a sua retirada cirúrgica.
O benefício que a criança terá com a normalização de sua respiração, a melhora do sono e na capacidade de engolir, sem falar na redução no uso de antibióticos são motivos de sobra para compensar o prejuízo da falta destas carnes. Mas não se preocupe com a imunidade: o sistema imunológico possui diversas “mini amígdalas e adenoides” distribuídas em toda a mucosa respiratória, que continuarão dando conta do recado.