Primeiramente, saiba que, lá dentro do seu ouvido existe um sensor de movimento, de aceleração e de posição chamado labirinto. É graças a estes sensores que, mesmo de olhos fechados ou vendados, todos somos capazes de sentir quando nosso corpo é girado para a direita ou esquerda e para frente ou para trás ou colocado de cabeça para baixo. Do mesmo modo, dentro de um elevador, sentimos quando ele está subindo ou descendo e, dentro de um carro, sentimos quando ele é acelerado ou freado.
Porém esse sensor pode ficar doente ou pode apresentar mau funcionamento. Quando o labirinto inflama, ocorre a labirintite. Mas saiba que a grande maioria das doenças ou mau funcionamentos do labirinto são causadas por coisas corriqueiras como o consumo excessivo de café, o uso de alguns remédios (p. ex. medicações para perda de peso, tratamentos neurológicos e psiquiátricos), a falta de sono, o estresse, o sedentarismo e dietas ricas em gordura e doces. Tudo isso pode produzir o mau funcionamento do labirinto, muito mais frequentemente do que a inflamação deste órgão.
Independente da causa, o labirinto doente altera nossa sensação de posição e equilíbrio e teremos tonturas. Normalmente a tontura é uma vertigem: sentimos tudo girar ao nosso redor, por vezes com náuseas, vômitos, palpitações e suor frio. Quando fechamos os olhos, a vertigem costuma piorar. Os movimentos bruscos de girar a cabeça para os lados ou deitar-se para trás subitamente também costumam produzir piora dos sintomas.
Como o labirinto é uma estrutura da orelha interna, as vertigens costumam ser acompanhadas de queixas na audição, como ouvido cheio, chiados ou zumbidos.
Importante: escurecimento de vista, sensação de desmaio ou perda da consciência, relatados por muitos pacientes como sintomas de labirinto doente não são sintomas característicos e demandam investigação de outras causas de tontura.